sexta-feira, 30 de março de 2012

Servidores municipais rejeitam nova contraproposta do prefeito

Confira a íntegra da nota divulgada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba:



SINDICATO DOS SERVIDORES OUVE MAIS UMA PROPOSTA
DO PREFEITO DE UBERABA E COMUNICA A DECISÃO SOBRE
A PARALISAÇÃO DE 4 DE ABRIL 
E SOBRE O INDICATIVO DE GREVE POR TEMPO INDETERMINADO,
A PARTIR DE 9 DE ABRIL
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Seguindo orientações jurídicas, os diretores do Sindicato
dos Servidores Municipais solicitam que o prefeito designe
uma comissão para, junto com os sindicalistas,
definir o percentual de trabalhadores que irão manter
os serviços essenciais em funcionamento
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Nesta sexta-feira, 30 de março, poucas horas após protocolar ofício comunicando oficialmente, ao prefeito Anderson Adauto, o resultado da assembleia-geral realizada dia 29, a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba – SSPMU, foi chamada por ele para mais uma conversa.
Desta vez, o prefeito ofereceu um reajuste de 6% dividido e mais um acréscimo de R$ 47 no tíquete-alimentação, também em parcelas.
Vamos levar o assunto para os servidores, na quarta-feira, mas sem a concordância do sindicato” – afirma Acinério Mendonça, secretário do SSPMU.
De acordo com ele, a nova proposta continua muito longe do que anseiam os servidores.
QUESTÃO LEGAL – No ofício protocolado na Prefeitura, a diretoria do SSPMU comunica a decisão da assembleia-geral realizada na noite de 29 de março, quando, por unanimidade, a categoria aprovou paralisação de um dia com indicativo de greve – também já com data marcada para início.
Seguindo orientação jurídica, de forma que todos os procedimentos cumpram as exigências legais, os diretores do SSPMU informam que a assembleia-geral rejeitou a contraproposta de 5,5% em parcela única, apresentada pelo governo municipal, a título de revisão salarial/2012, poucos minutos antes do início do evento.
E mais: que ficou decidido que os servidores públicos municipais vão entrar em estado de greve por período determinado, neste caso, compreendido entre 10h até 19h do dia 4 de abril, quarta-feira.
O ofício do SSPMU comunica ainda, ao prefeito, que foi aprovada greve por tempo indeterminado a partir do dia 9 de abril de 2012, caso “a administração municipal endureça as negociações e continue se negando a apresentar uma proposta de recomposição salarial razoável e que garanta uma revisão geral remuneratória que possa recompor minimamente as perdas salariais e o poder aquisitivo dos vencimentos dos servidores”.
SERVIÇOS ESSENCIAIS – A diretoria do SSPMU também informa que foi deliberado e aprovado pela assembléia, que a categoria se comprometerá em manter um efetivo mínimo de servidores em atividade para garantia da continuidade dos serviços essenciais destinados à população.
Solicitamos, desde já, que seja designada reunião em caráter de urgência, e antes da data estabelecida para início do estado de greve, para definição conjunta entre este Sindicato e a Administração Municipal, sobre o percentual mínimo de servidores a serem mantidos no exercício das atividades para continuidade dos serviços essenciais” – pede o SSPMU.
JUSTIFICATIVA - “Pedimos desculpas à população e sua compreensão pela greve, mas, esgotamos todas as negociações possíveis” – ressalta o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos.
Ele lembra que há tempos o sindicato tem sido cobrado, pelos servidores, para implementar uma ação mais contundente. Entretanto, de acordo com Luís Carlos, a atual diretoria optou por investir nas negociações, procurando evitar medidas como a paralisação.
“Infelizmente, tudo o que obtivemos em troca desta nossa boa vontade foi desprezo em relação ao sofrimento dos servidores municipais de Uberaba” – desabafa o sindicalista.
RODADAS – Além de três rodadas de negociações diretas com o prefeito, a diretoria do SSPMU buscou o apoio da Câmara de Vereadores, que, por sua vez, também procurou sensibilizar o governo municipal em audiência promovida esta semana.
Os vereadores chegaram a propor um reajuste de 6% em parcela única, mais R$ 120 de aumento no valor do tíquete-alimentação, que hoje vale R$ 210.
“Se o prefeito tivesse aceitado a proposta dos vereadores, o sindicato até se disporia a defender a aprovação na assembleia” – admite o presidente do SSPMU.
Entretanto, segundo ele, só um reajuste salarial de 5,5% não merece sequer ser levado em consideração.
PAUTA 2012 – A pauta de 2012 reivindica 19% de reposição das perdas inflacionárias, 15% de aumento real de salário, além do reajuste para o tíquete-alimentação. Ao longo de três rodadas de negociações, o prefeito ofereceu de 5,5% a 6% dividido em três vezes.
Após a conversa com os vereadores, a proposta passou para 5,5% em parcela única.
“Não queremos escola; queremos um salário digno para os trabalhadores que tanto contribuem com desenvolvimento humano, econômico – e principalmente, social, de Uberaba” – destaca Luís Carlos.

PS.: Texto de autoria da assessora do Sindicato, jornalista Giselda Campos.

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